Internamente, esse período foi
marcado por transformações significativas na sociedade e na economia inglesa,
como a implantação de um poderoso sistema bancário e a revolução agrícola. A Revolução
Gloriosa (1688 – 1689) derrubou o absolutismo inglês, alterando a
administração política da Inglaterra de uma monarquia absolutista por uma
monarquia parlamentar constitucional. Essa Revolução teve, para a Inglaterra, o
mesmo papel que, para a França, teve a Revolução Francesa de 1789, no
que se refere a derrubada do Estado absoluto e ao surgimento das condições
políticas essencias à burguesia, como a construção de um Estado burguês,
favorável à posterior eclosão da Revolução Indusrial.
O Banco da Inglaterra fundado
logo após a Revolução Gloriosa (1688 – 1689), associado a Companhia
das Índias, uma aliança entre o Estado inglês e a emergente classe burguesa
para a exploração e ocupação das colônias, fomentou a produção de algadão, matéria-prima
básica para o processo que levou o país à Revolução Industrial. No campo, o
desaparecimento dos pequenos proprietários devido aos cercamentos
(terras de onde os camponeses foram expulsos, trocando a produção agrícola nos
moldes feudais pela produção rural comercial), integrou a mão-de-obra rural ao
sistema capitalista em desenvolvimento.
Paralelamente, o êxodo rural causado
pelas levas de camponeses que se tranferiam para as cidades, formavam um imenso
contingente de trabalhadores disponíveis, reduzindo o preço da mão-de-obra.
Essa condição possibilitou um maior investimento em instalações e
tecnologia para a indústria. Por último,
a Inglaterra contava com abundância de ferro e carvão, matérias-primas
fundamentais para a construção e o funcionamento das máquinas e para a produção
de energia.
Os principais avanços tecnológicos
desse período são:
• Máquina de fiar, inventada por James
Hargreaves em 1767;
• Tear hidráulico, inventado por Richard
Arkwright em 1768;
• Tear mecânico, inventado por Edmund
Cartwright em 1785;
• Máquina a vapor, invetada por
Thomas Newcomen em 1712 e aperfeiçoada por James Watt em 1765;
• Barco a vapor, inventado por George
Stephenson em 1814;
Por volta de 1850, a Revolução
Industrial assumiu novas características – Segunda Revolução Industrial,
a descoberto e o uso da energia elétrica e do petróleo graças à maior potência
dessas fontes de energia, permitiu a intensificação e diversificação do
desenvolvimento tecnológico. Na busca de maiores lucros em relação aos
investimentos feitos, levou-se ao extremo a especialização do trabalho. Além
disso, a produção passou a ser em série, o que bareteava o custo por unidade
produzida. Surgiam as linha de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam
as partes do produto a ser montado, de modo a dinamizar a produção.
Ao
método de racionalização do trabalho que teve início primeiramente na indústria
automobilística Ford, onde as esteiras levavam o chassi do carro a percorrer
toda a fábrica, para que os operários montassem o carro com peças que chegavam
de outras esteiras rolantes, deu-se o nome de fordismo, também ligado ao
princípio de que a empresa deveria dedicar-se a apenas um produto, além de
dominar as fontes de matérias-primas. O fordismo integrou-se às teorias do
engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor, o taylorismo, que
visava buscar o aumento da produtividade, controlando os movimentos das
máquinas e dos homens no processo de produção.
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Referência Bibliográfica:
VICENTINO, Cláudio. História Geral/Cláudio Vicentino. - ed. atual e ampl. - São Paulo: Scipione, 1997.
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