terça-feira, 22 de maio de 2012

Aula 8 A Revolução Industrial (1750-1850) Sexta-feira 20-04-2012


            Internamente, esse período foi marcado por transformações significativas na sociedade e na economia inglesa, como a implantação de um poderoso sistema bancário e a revolução agrícola. A Revolução Gloriosa (1688 – 1689) derrubou o absolutismo inglês, alterando a administração política da Inglaterra de uma monarquia absolutista por uma monarquia parlamentar constitucional. Essa Revolução teve, para a Inglaterra, o mesmo papel que, para a França, teve a Revolução Francesa de 1789, no que se refere a derrubada do Estado absoluto e ao surgimento das condições políticas essencias à burguesia, como a construção de um Estado burguês, favorável à posterior eclosão da Revolução Indusrial.
            O Banco da Inglaterra fundado logo após a Revolução Gloriosa (1688 – 1689), associado a Companhia das Índias, uma aliança entre o Estado inglês e a emergente classe burguesa para a exploração e ocupação das colônias, fomentou a produção de algadão, matéria-prima básica para o processo que levou o país à Revolução Industrial. No campo, o desaparecimento dos pequenos proprietários devido aos cercamentos (terras de onde os camponeses foram expulsos, trocando a produção agrícola nos moldes feudais pela produção rural comercial), integrou a mão-de-obra rural ao sistema capitalista em desenvolvimento.
            Paralelamente, o êxodo rural causado pelas levas de camponeses que se tranferiam para as cidades, formavam um imenso contingente de trabalhadores disponíveis, reduzindo o preço da mão-de-obra. Essa condição possibilitou um maior investimento em instalações e tecnologia  para a indústria. Por último, a Inglaterra contava com abundância de ferro e carvão, matérias-primas fundamentais para a construção e o funcionamento das máquinas e para a produção de energia.
            Os principais avanços tecnológicos desse período são:
•          Máquina de fiar, inventada por James Hargreaves em 1767;
•          Tear hidráulico, inventado por Richard Arkwright em 1768;
•          Tear mecânico, inventado por Edmund Cartwright em 1785;
•          Máquina a vapor, invetada por Thomas Newcomen em 1712 e aperfeiçoada por James Watt em 1765;  
•          Barco a vapor, inventado por George Stephenson em 1814;
           
            Por volta de 1850, a Revolução Industrial assumiu novas características – Segunda Revolução Industrial, a descoberto e o uso da energia elétrica e do petróleo graças à maior potência dessas fontes de energia, permitiu a intensificação e diversificação do desenvolvimento tecnológico. Na busca de maiores lucros em relação aos investimentos feitos, levou-se ao extremo a especialização do trabalho. Além disso, a produção passou a ser em série, o que bareteava o custo por unidade produzida. Surgiam as linha de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam as partes do produto a ser montado, de modo a dinamizar a produção.
            Ao método de racionalização do trabalho que teve início primeiramente na indústria automobilística Ford, onde as esteiras levavam o chassi do carro a percorrer toda a fábrica, para que os operários montassem o carro com peças que chegavam de outras esteiras rolantes, deu-se o nome de fordismo, também ligado ao princípio de que a empresa deveria dedicar-se a apenas um produto, além de dominar as fontes de matérias-primas. O fordismo integrou-se às teorias do engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor, o taylorismo, que visava buscar o aumento da produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção.
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Referência Bibliográfica:
VICENTINO, Cláudio. História Geral/Cláudio Vicentino. - ed. atual e ampl. - São Paulo: Scipione, 1997.

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