Na segunda metade do século XIX, o processo de expansão
imperialista se intensificou. Tendo início a partir dos países europeus
industrializados, especialmente da Inglaterra, esse processo levou a partilha
dos continentes africano e asiático. Neste mesmo período, os Estado Unidos e o
Japão passam a exercer atividades imperialistas em seus territórios de
influência.
O imperialismo do século XIX, ou neocolonialismo,
diferenciou-se profundamente do colonialismo do século XVI, que se restringiu
ao capitalismo comercial, cuja meta era a obtenção de especiarias, produtos
tropicais e metais preciosos, e concentrou-se no continente americano. Nesse
período, o Estado impulsionou a expansão, segundos o modelo mercantilista. O
neocolonialismo, por sua vez, necessitava de mercados consumidores de
manufaturados e fornecedores de matérias-primas. Além disso, as grandes
potências buscavam colônias para transferência de seu excedente populacional
enovas áreas de investimentos capitais.
Se com o capitalimos comercial das grandes navegações dos
séculos XV, XVI e XVII, o Estado buscava garantir seu desenvolvimento comercial
e financeiro através das práticas mercantilistas, nesse momento da história,
não será mais o Estado o principal agente beneficiário da exploração colonial.
As empresas burguesas motivadas pelo capitalismo industrial e financeiro é que
irão fomentar a colonização dos continentes africanos e asiáticos.
O ambicioso e aventureiro Cecil Rhodes (1853-1920),
que personificou as ambições do domínio britânico no continente africano.
Grandes beneficiários do neocolonialismo, os banqueiros e
industriais uniram-se, dando origem a grandes monopólios. O capitalismo
preparava-se para entrar numa fase financeira: as atividades produtivas e
comerciais foram submetidas às instituições financeiras através de empréstimos
e financiamentos, ou ainda, por controle acionário.
Dessa forma, no final do século XIX, o capitalismo
industrial transformou-se em capitalismo financeiro ou monopolista, o que
proporcionou o aparecimento de grandes conglomerados econômicos, que se
utilizavam de toda a estrutura política nacional para conquistar e explorar as
áreas coloniais. Esse fato originou rivalidades entre as potências pela divisão
de mercados que culminaram na Primeira Guerra Mundial, em 1914.
Referência Bibliográfica
VICENTINO, Cláudio. História Geral / Cláudio Vicentino. - ed. atual e ampl. - São Paulo : Scipione, 1997.
VICENTINO, Cláudio. História Geral / Cláudio Vicentino. - ed. atual e ampl. - São Paulo : Scipione, 1997.
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